O Sábado

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20:8-­‐11; 31:13-­‐17; Ez 20:12, 20), cuja observância é pertinente a todos os seres humanos em todas as épocas e lugares (Is 56:1-­‐7; Mc 2:27). Quando Deus “descansou” no sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia (Gn 2:2, 3), separando-­‐o para uso sagrado e transformando-­‐o em um canal de bênçãos para a humanidade. Aceitando o convite para deixar de lado seus “próprios interesses” durante o sábado (Is 58:13), os filhos de Deus observam esse dia como uma importante expressão da justificação pela fé em Cristo (Hb 4:4-­‐11).

A observância do sábado é enunciada em Isaías 58:13, 14 nos seguintes termos:

“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor.” Com base nesses princípios, a Divisão Sul-­‐Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma neste documento seu compromisso com a fidelidade à observância do sábado.

Vida de santificação

A verdadeira observância do sábado se fundamenta em uma vida santificada pela graça de Cristo (Ez 20:12, 20); pois, “a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser santos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 283).

Crescimento espiritual

Como “um elo de ouro que nos une a Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 352), o sábado provê um contato mais próximo de Deus. Como tal, não devemos permitir que outras atividades, por mais nobres que sejam, enfraqueçam nossa comunhão com Deus nesse dia.

Preparação para o sábado

Antes do pôr do sol da sexta-­‐feira (cf. Lv 23:32; Dt 16:6; Ne 13:19), as atividades seculares devem ser interrompidas (cf. Ne 13:13-­‐22); a casa deve estar limpa e arrumada; as roupas, lavadas e passadas; os alimentos, devidamente providenciados (cf. Êx 16:22-­‐30); e os membros da família, já prontos.

Início e término do sábado

O sábado é um dia de especial comunhão com Deus, e deve ser iniciado e terminado com breves e atrativos cultos de pôr do sol, com a participação dos membros da família. Nessas ocasiões, é oportuno cantar alguns hinos, ler uma passagem bíblica, seguida de comentários pertinentes, e expressar gratidão a Deus em oração. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 356-­‐359.)

Pessoas sob nossa influência

O quarto mandamento do Decálogo orienta que, no sábado, todas as pessoas sob nossa influência devem ser dispensadas das atividades seculares (Êx 20:10). Isso implica os demais membros da família, bem como os empregados e hóspedes; que também sejam estimulados a observar o sábado.

Espírito de comunhão

Como dia por excelência de comunhão com Deus (Ez 20:12, 20), o sábado deve se caracterizar por um prazeroso e alegre compromisso com as prioridades espirituais, com momentos especiais de leitura da Bíblia, oração e, se possível, de contato com a natureza (cf. At 16:13). Esse compromisso deverá ser mantido na escolha dos assuntos abordados também em nossos diálogos informais com familiares e amigos.

Reuniões da igreja

Somos admoestados a não deixar “de congregar-­‐nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Portanto, as programações e atividades regulares da igreja aos sábados devem ter precedência sobre outros compromissos pessoais e sociais, mesmo que estes sejam pertinentes para o sábado.

Casamentos e festas

O convite para deixar de lado nossos “próprios interesses” no sábado (Is 58:13) indica que casamentos e festas, incluindo seus devidos preparativos, devem ser realizados fora desse período sagrado. Casamentos e algumas festas mais suntuosas não devem ser planejados para os sábados à noite, pois seus preparativos envolvem expectativas e atividades não condizentes com o espírito de comunhão com Deus.

Mídia secular

A mídia secular, em todas as suas formas, deve ser deixada de lado durante as horas do sábado, para que este, rompendo com a rotina da vida, possa ser um dia “deleitoso e santo” (Is 58:13).

Esportes e lazer

Muitas atividades esportivas e de lazer, aceitáveis durante a semana, não são condizentes com a observância do sábado, pois desviam a mente das questões espirituais (Is 58:13).

Horas de sono

A Bíblia define o sábado como dia de “repouso solene” (Êx 31:15), e não como dia de recuperar o sono atrasado da semana. Ricas bênçãos advirão de levantar cedo no sábado, dedicando esse dia ao serviço do Senhor. (Ver Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 170.)

Viagens

A realização de viagens por questões de trabalho ou interesses particulares é imprópria para o sábado. Existem, porém, ocasiões excepcionais em que se torna necessário viajar no sábado para atender a algum compromisso religioso ou situações emergenciais. Sempre que possível, os devidos preparativos, incluindo a compra de passagens e o abastecimento de combustível, devem ser feitos com a devida antecedência. (Ver Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 359, 360.)

Excursões e acampamentos

A realização de excursões e acampamentos pode promover a socialização cristã (cf. Sl 42:4). Mas seus organizadores e demais participantes devem chegar ao devido local antes do início do sábado e montar sua estrutura, incluindo suas barracas, de modo que o santo dia possa ser observado segundo o mandamento. Além disso, as atividades durante as horas do sábado devem ser condizentes com o espírito sagrado desse dia.

Restaurantes e alimentação

A recomendação de que o alimento deve ser provido com a devida antecedência (Êx 16:4, 5; 22-­‐30) significa que ele deve ser comprado fora das horas do sábado, e que a frequência a restaurantes comerciais nesse dia deve ser evitada.

Medicamentos

A compra de medicamentos durante o sábado é aceitável em situações emergenciais (cf. Lc 14:5), e imprópria quando a pessoa já os necessitava, e acabou postergando sua compra para esse dia.

Estágios e práticas escolares

O quarto mandamento do Decálogo (Êx 20:8-­‐11) desabona a realização de atividades seculares no sábado, que gerem lucro ou benefício material. Envolvidos em tais atividades estão os programas de planejamento e preparo para a vida profissional, incluindo a frequência às aulas e a participação em estágios, simpósios, seminários e palestras de cunho profissional, concursos públicos e exames seletivos. Em caso de confinamento para a prestação de exames após o término do sábado, as horas desse dia devem ser gastas em atividades espirituais.

Escolha e exercício da profissão

A estrutura da sociedade em geral nem sempre favorece a observância do sábado, e acaba disponibilizando profissões e atividades que, embora sejam dignas, dificultam essa prática. Os adventistas do sétimo dia devem escolher e exercer profissões condizentes com a devida observância do sábado. Somos advertidos de que, se alguém, “por amor ao lucro, consente em que o negócio em que tem interesses seja atendido no sábado pelo sócio incrédulo, esse alguém é tão culpado quanto o incrédulo; e tem o dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder” (Evangelismo, p. 245).

Instituições de serviços básicos

A orientação de não fazer “nenhum trabalho” durante o sábado (Êx 20:10) indica que os observadores do sábado devem se abster de trabalhar nesse dia, mesmo em instituições seculares de serviços básicos. Instituições denominacionais que não podem fechar aos sábados (cf. Jo 5:17), incluindo os internatos adventistas, devem ser operadas nesse dia por um grupo reduzido e em forma de rodízio.

Atividades médicas e de saúde

Existem situações emergenciais que os profissionais da saúde devem atender, com base no princípio de que “é lícito curar no sábado” (Lc 14:3). Os hospitais adventistas necessitam dos préstimos de uma equipe médica, de enfermagem e de outros serviços básicos para o funcionamento nas horas do sábado. Mas os plantões rotineiros, tanto médicos quanto de enfermagem, em hospitais não adventistas, são impróprios para as horas do sábado. (Ver Ellen G. White Estate, “Conselhos de Ellen G. White Sobre o Trabalho aos Sábados em Instituições Médicas Adventistas e Não Adventistas”, em www.centrowhite.org.br.)

Projetos assistenciais

Cristo disse que “é licito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Isso significa que “toda atividade secular deve ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estão em harmonia com o propósito do Senhor. Elas não devem ser limitadas a tempo ou lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz honra ao dia de Deus” (Beneficência Social, p. 77). Portanto, é lícito nas horas sagradas do sábado visitar enfermos, viúvas e órfãos, encarcerados e compartilhar uma refeição. Ações sociais que podem ser realizadas em outro dia não devem tomar as sagradas horas do sábado.

Atividades missionárias

O apóstolo Paulo usava o sábado para persuadir “tanto judeus como gregos” acerca do evangelho (At 18:4, 11; cf. 17:2), demonstrando a importância de se reservar um tempo especial nesse dia para atividades missionárias. Sempre que possível, os membros da família devem participar juntos dessas atividades, para desfrutar a socialização cristã e desenvolver o gosto pelo cumprimento da missão evangelística.

Como adventistas do sétimo dia, somos convidados a seguir o exemplo de Deus ao descansar no sétimo dia da semana da criação (Gn 2:2-­‐3; Êx 20:8-­‐11; 31:13-­‐17; Hb 4:4-­‐11), de modo que o sábado seja, para cada um de nós, um sinal exterior da graça de Deus e um canal de Suas incontáveis bênçãos.

 

 


DO SÁBADO PARA O DOMINGO

 

Introdução: O mundo cristão tem observado dois dias diferentes. De um lado, a maioria dos cristãos observa com sinceridade o domingo, o primeiro dia da semana, acreditando que é um memorial da ressurreição de Cristo. De outro lado, um grupo de cristãos, igualmente sinceros, crêem que a Bíblia honra apenas o sétimo dia como o sábado do Senhor.

Bem, então em algum momento da história alguém fez a mudança do dia de guarda.

• Como isto aconteceu?
• Quem mudou o descanso do sábado, o sétimo dia da semana, para o domingo, o primeiro dia da semana?
• Será que Deus, Cristo, ou talvez os apóstolos, fizeram essa mudança?
• Será que a Bíblia autoriza essa mudança?

1- Quando Deus deu os Dez Mandamentos a Seu povo, Ele também deixou claro que nenhum ser humano deveria mudar suas ordens.

“NADA ACRESCENTEM às palavras que eu lhes ordeno e delas NADA RETIREM, mas obedeçam aos mandamentos do Senhor, o Seu Deus, que eu lhes ordeno”. Deuteronômio 4:2

2- O próprio Deus prometeu não alterar Seus mandamentos:

“NÃO VIOLAREI a minha aliança NEM MODIFICAREI AS PROMESSAS DOS MEUS LÁBIOS”. Salmo 89:34

“Porque eu, o SENHOR, NÃO MUDO…” Malaquias 3:6

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem NÃO PODE EXISTIR VARIAÇÃO OU SOMBRA DE MUDANÇA”. Tiago 1:17

3- Jesus não mudou o sábado nem anulou. Ele o confirmou em sua vida e até declarou:

“Não penseis que vim ABOLIR A LEI ou os Profetas; NÃO VIM ABOLIR, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra”. Mateus 5:17 e 18.

4- Os discípulos e apóstolos continuaram guardando o sábado

Tiago, o primeiro líder da igreja cristã primitiva, escreveu o seguinte sobre os Dez Mandamentos:

“Pois aquele que GUARDA TODA LEI, MAS TROPEÇA EM UM SÓ PONTO, TORNA-SE CULPADO DE TODOS. Pois aquele que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás”. Tiago 2:10, 11

5- Lucas, o médico e evangelista da igreja primitiva, relatou:

“NO SÁBADO, SAÍMOS DA CIDADE e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração.” Atos 16:13

6- No livro de Atos no Novo Testamento Lucas menciona 84 vezes que o sábado era observado pelos seguidores de Cristo, todos abrangendo um período de 14 anos depois da ressurreição de Jesus:
– 2 sábados em Antioquia (Atos 13:14, 42, 44);
– 1sábado em Filipos (Atos 16:13);
– 3 sábados em Tessalônica (Atos 17:2, 3);
– 78 sábados em Corinto (Atos 18:4, 11).

7- João, o último dos doze apóstolos a morrer, guardou o sábado. Ele escreveu:

“No DIA DO SENHOR achei-me no Espírito”. Apocalipse 1:10

8- De acordo com a Lei de Deus, o dia do Senhor é o sábado:

“Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu DEUS…”. Êxodo 20:10

ENTÃO, DE ONDE VEIO O DOMINGO?

Observação: Na Bíblia o primeiro dia da semana nunca é chamado de domingo! Nem é chamado de dia santo, nem existe qualquer indicação de que deveria ser separado como um dia de adoração.

Só existem oito textos nas Escrituras que falam do primeiro dia da semana; Se na Bíblia existe alguma ordem ou permissão para a troca do sétimo para o primeiro dia da semana, tem que estar nestes oito textos.

Vamos fazer um exame crítico dos oito textos que mencionam o primeiro dia da semana e ver se existe uma autorização Bíblica para a mudança?

1º – Mateus 28:1. “E, no fim do Sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.”
Você achou que aqui existe alguma coisa indicando que Deus mudou o dia de adoração do sábado para o domingo? Está claro que não!
Este texto foi escrito no ano 62 d.C., 31 anos depois da ressurreição de Jesus. Ele só descreve que Maria Madalena e Maria a Mãe de Jesus, estão esperando terminar o sábado de descanso para irem ver o corpo de Jesus. Ao contrário este é mais um texto que prova que, após a morte de Jesus, o dia que se guardava era o Sábado.

2º – Marcos 16:2. “E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do Sol.”
No verso 1, fala que elas esperaram passar o Sábado. Este texto também foi escrito 31 anos após a morte de Jesus, em Marcos 2:28, Marcos menciona que o Sábado é o Dia do Senhor e desconhece completamente o domingo.

3º – Marcos 16:9. “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena…”
Este texto também foi escrito 31 anos após a ressurreição de Jesus. Também não fala nada sobre guardar o domingo. Dá pra notar, que Jesus teve todo o cuidado de não violar o sábado nem na sua morte. Seus trabalhos de criação e redenção foram realizados honrando o Sábado.

4º – Lucas 24:1. “E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.”

Lucas escreveu isso no ano 64 D.C., 33 anos depois da ressurreição do Senhor,. Não vemos nada nem ninguém dizendo sobre guardar o domingo. Pelo contrário, Lucas faz questão de deixar claro no capítulo 23, no verso 56 seu conceito sobre o sábado.. . veja: “E voltando elas, no Sábado repousaram, conforme o mandamento.”

5º – João 20:1. “E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.”
Este texto foi escrito no ano 97 d.C., 66 anos depois de Jesus ressuscitar, e também não diz nada a favor do domingo.

6º – João 20:19. “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro dia da semana, e trancadas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus… e disse-lhes: Paz seja convosco.”

Este texto não fala nem sequer que os discípulos se reuniram para um culto. Pelo contrario, só estavam ali escondidos por causa do medo! Apenas isso!

7º – Atos 20:7. “E, no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo que havia de viajar no dia seguinte, falava com eles; e prolongou o discurso até à meia noite.”

Esta era à noite de sábado. Eles haviam passado o sábado todo, juntos, como era seu costume (Atos 17:2); e, ao terminar o dia, no pôr-do-Sol, e começar o primeiro dia (início da noite de Sábado), Paulo que teria de partir no dia seguinte, desejou usufruir da presença dos discípulos, e isso foi até à meia noite. Você notou que Paulo, evitou iniciar uma viagem no Sábado?

8º – “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá ajuntando para que se não façam coletas quando eu for.” 1ª Coríntios 16:2.
Paulo soube que os crentes de Jerusalém (Atos 11:28 e 29) estavam em grandes necessidades, e os discípulos decidiram socorrê-los.
Paulo então pediu aos irmãos que EM CASA, e não na igreja, no primeiro dia da semana, fossem ajuntando alguma coisa; dinheiro, alimento, roupa, sandálias… Paulo estava organizando o trabalho de assistência social, apenas isso.
Bem, aqui foram os únicos oito versos da Bíblia onde aparece o primeiro dia da semana citado. Você achou que em alguns destes textos Deus mandou mudar o dia de guarda para o domingo? Achou que em algum deles há provas de que os discípulos guardavam o domingo?
Então voltamos à pergunta:

QUEM MUDOU O DIA DE GUARDA, E QUANDO ISTO ACONTECEU?

Bem logo depois que Jesus subiu ao céu, o cristianismo começou a ser perseguido terrivelmente! Os grandes e terríveis shows de crueldade no Coliseu eram espetáculos de morte!

Durante muitos anos os cristãos foram perseguidos até a morte. Morriam homens, mulheres e crianças.

O problema para Roma, era que apesar de perseguir e matar muitos cristãos, eles não conseguiam matar o cristianismo! O sangue dos cristãos na terra era como semente que fazia com que aparecessem mais e mais cristãos!

Nenhum imperador Romano, por mais poderoso que tenha sido, conseguiu vencer o cristianismo pelo medo! A perseguição foi em vão!

Mas você conhece aquele velho ditado: Se você não pode com eles, então junte-se a eles!

Assim, um imperador, muito esperto, decidiu que não iria mais lutar contra o cristianismo, ao contrário iria unir-se aos cristãos. Ele resolveu se declarar cristão, e agora fez com que o cristianismo passasse a ser a religião oficial do Estado. O nome deste imperador era Constantino. Só que Constantino era pagão, amava a outros deuses, guardava outro dia, a Bíblia para ele não valia nada!

Assim, Constantino parou com a perseguição, e o que muitos pensaram que era uma bênção, foi uma maldição! Isto porque Constantino começou a introduzir dentro do cristianismo as coisas nas quais ele acreditava! Aos poucos ele foi fabricando um cristianismo que era a sua própria cara!

Constantino, que era pagão portando, idólatra (adorava a ídolos) , introduziu dentro do cristianismo a adoração de imagens. E isso, depois que o Novo Testamento já tinha sido completado e que todos os apóstolos já tinham morrido, no dia 7 de março de 321 AD, Constantino o Grande promulgou a primeira lei civil acerca do domingo, ordenando que todas as pessoas do império romano, exceto os fazendeiros, deveriam descansar no domingo.
Foi o primeiro Decreto Dominical. De 07/03/321, e dizia o seguinte:
“Devem os magistrado e as pessoas residentes nas cidades repousar, e todas as oficinas serem fechadas no venerável dia do Sol… ”

QUEM ASSUMIU A MUDANÇA?

Quem oficialmente ASSUMIU A MUDANÇA do dia de descanso do sétimo dia para o primeiro dia da semana foi a Igreja Católica.

Um catecismo da Igreja Católica Romana, de Peter Geiermann diz:

“Pergunta: Qual é o dia de descanso?
Resposta:O sábado é o dia de descanso.
Pergunta: Por que guardamos o domingo e não o sábado?
Resposta: Guardamos o domingo ao invés do sábado porque a Igreja Católica… transferiu a solenidade do sábado para o domingo”.

Isso já havia sido profetizado

O profeta Daniel manda um aviso a toda a humanidade. Ele diz que haveriam poderes na terra mudando a Lei de Deus!
DANIEL 7:25 “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará m mudar os tempos e a lei;”
E assim o dia que era contado de por do sol a por do sol, conforme Levíticos 23:32 “Sábado de descanso solene vos será; de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado” passou a ser contado de meia a meia noite, e o mandamento “Lembra-te do dia de sábado para o santificar” passou para o “guardar domingos e festas…”
Detalhes: Só no Novo Testamento há 59 referências ao Sábado.
Paulo, o grande missionário que estabeleceu várias igrejas, ungiu diversos presbíteros e diáconos, empossou líderes na igreja, Ele fez tudo isso, mas nunca falou ou fez nada que apoiasse a mudança do sábado para o domingo. Pelo contrário, em Éfeso e Corinto guardou e pregou em 194 Sábados, durante três anos e nove meses.
Lucas, escreveu sobre os Atos dos Apóstolos, especialmente os de Paulo, ele também não falou nada da mudança do sábado para o domingo. Bem se Paulo não falou em nenhuma oportunidade que o domingo ocupou o lugar do Sábado, é porque ele não pensava assim.

DECLARAÇÕES IMPORTANTES DE DIVERSAS RELIGIÕES

CONGREGACIONALISTAS: “Não existe na Bíblia mandamento que requeira de nós a observância do primeiro dia da semana como sendo o sábado cristão.” – Mode and Subjects of Baptism, por Fowler.

METODISTAS: “É certo não haver mandamento para o batismo infantil… tampouco o há para santificar o primeiro dia da semana.” – Theological Compend (1902), Rev. Amós Binneyas, 180 e 181.

LUTERANOS: “A observância do domingo não se baseia em nenhum mandamento de Deus, mas sim na autoridade da igreja.” – Augsburg Confession of Faith citado em Cox’s Sabbath Manual, pág. 287.

PRESBITERIANOS: “Deus instituiu o sábado na criação do mundo separando para este fim o sétimo dia, e impôs sua observância como obrigação universal, moral e perpétua.” – Dr. Archibaldo A. Hodge, da Comissão Presbiteriana de Publicidade.

PENTECOSTAIS: “A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’. ÊXODO CAPITULO 20. E essa Lei deveria ser observada, cumprida rigorosamente… – Lições Bíblicas, 7-12/1966, Dir. Respons. Pastor Emílio Conde, pág. 12.

BATISTAS: “Cremos que a Lei de Deus é a base ETERNA E IMUTÁVEL do Seu governo moral (Rom. 3: 31. Mat. 5: 17. Luc. 16:17. Rom. 3:20); que essa Lei é santa, justa e boa (Rom. 7: 12. Sal. 119);… que um dos principais objetivos do evangelho é o de libertar os homens do pecado e restaurá-los em Cristo a uma obediência sincera dessa santa lei, …(Rom. 8:2-4. Heb. 8: 10. Heb. 12.22-25).” – Manual das Igrejas Batista, por Willian Carey Taylor, 4a. Edição, 1949, pág. 178, Artigo XII – Casa Publicadora Batista.

MÓRMONS – “Há aqueles que gostariam de destruir o DECÁLOGO, OU OS DEZ MANDAMENTOS… Tais mandamentos não foram ab-rogados, nem anulados e estão em vigor hoje da mesma forma como estiveram quando pronunciados em meio aos trovões no Monte Sinai, embora não sejam observados.” – Joseph Fielding Smith, The Heed to Yourselves, pág. 133.

CATÓLICOS – “Nós, católicos romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja…” – Pe. Júlio Maria, em Ataques Protestantes, p. 81.

E então? O que você acha? Estava aí sua religião?
Se sua religião acredita nisto, o que você está fazendo? O que você irá fazer?
Mas pense bem: A palavra de Deus não seria o suficiente para que você obedecesse?

O SÁBADO HOJE É O MESMO SETIMO DIA DA CRIAÇÃO?

Podemos afirmar sem qualquer medo de errar que a semana de sete dias ficou inalterada desde a primeira semana no Éden?

De Adão (Gênesis 2:1 a 3) a Moisés não mudou (Êxodo 20:8 a 11) 2.500 Anos
De Moisés a Jesus não mudou (Lucas 4:16) 1.500 Anos
De Jesus até Hoje também não mudou, mais de 2.000 Anos
Total mais de 6000 anos.
Reflita:
Você sabia que não existe nada na natureza que determine um ciclo semanal de sete dias? E o mais incrível é que a semana de 7 dias é aceita em TODO O MUNDO e desde A ANTIGUIDADE?

Ninguém neste mundo poderia dizer que isto aconteceu por acaso. Mesmo os paises que não acreditam na Bíblia e no relato de Moisés no Gênesis.
Se você tem dúvida sobre o que estou dizendo, então veja o que a Enciclopédia Britânica diz:

“A semana é um período de sete dias , não possuindo nenhuma relação com os movimentos celestes, mas foi ela empregada desde os tempos mais remotos, até sem registro a não ser na memória, em quase todos os países do Oriente…aqueles que rejeitam a narrativa mosaica se sentirão embaraçados, ao atribuir-lhe a origem a probabilidade” 11ª Edição, vol IV, pág. 988, art “Calendário”

Isto faz sentido porque o dia é determinado pela rotação da terra em torno do seu próprio eixo (aproximadamente 24 horas)
O mês é determinado pela trajetória da Lua em torno da terra (aproximadamente 30 dias)
O ano é determinado pelo tempo que a terra gasta para dar a volta em torno do Sol (Aproximadamente 365 dias)
1. Mas e a Semana?
2. Qual é o acontecimento da natureza que determina o ciclo semanal?
3. De onde nações que não tem Bíblia, ou cristãos tiraram a idéia de contar a semana em 7 dias?

Veja estas últimas declarações:

1- “Uma das mais notáveis confirmações, paralela a narrativa mosaica da criação, é aceitação geral da divisão do tempo em semanas, aceitação esta que vai desde os estados cristãos da Europa ás remotas praias do Hindustão, e prevaleceu igualmente entre os hebreus, egípcios, chineses, gregos, romanos, e bárbaros do norte, algumas destas nações tiveram pouca ou nenhuma relação com outras, e que jamais os hebreus conhecerão pelo nome.” THOMAS HARTWELL HORNE, Introduction to the Critical Study and Knowlege of the Holy Scriptures – Edição de 1825, vol.I pag. 183

2- “A divisão do tempo em semanas não só não é natural, mas é em certo sentido antinatural visto que sete não é uma divisão exata, quer do mês quer do ano. Entre os sábios do Egito, os sábios Indianos, os Árabes, os Assírios…, entre as tribos adoradoras dos espíritos maus da África, entre os índios do continente americano. Que outra teoria poderia se explicar a não ser a suposição da instituição divina de um sábado no surgimento da raça humana?”
Folheto Presbiteriano número 271 – Bounds Tracts, Vol. XII pg 5 e 7
Em resumo: A semana de 7 dias só tem uma origem: a Bíblia, que nos revela: “E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.” Gênesis 2:2-3
Vamos deixar bem claro que nós nunca somos salvos por boas obras, por guardarmos a Lei ou o Sábado! Mas, com todo amor, carinho não poderíamos deixar de mostrar a você que o dia do Senhor é o sábado e não o domingo.
Deus lhe ama, jamais deixou te amar, por isso separou um dia da semana para ter um encontro especial com você. Esse dia é revelado na Bíblia como o santo dia de sábado.
O que você vai fazer nesse dia? Ele estará lá esperando por você.


Do Sábado para o Domingo II

A Igreja de Roma (Igreja Católica Apostólica Romana) admite que substituiu a observância do sábado pela observância do domingo, e ela mesma aponta essa substituição como evidência de seu "poder" para modificar(a) a lei de Deus (Daniel 7:25). Em sua literatura há diversas declarações a este respeito, por exemplo:
 
Na obra, "The Convert's Catechism of Catholic Doctrine"1, que recebeu em 25 de janeiro de 1919 a bênção do Papa Pio X, está registrado o seguinte diálogo:
 
- Qual é o dia de Descanso?
- O dia de Descanso é o sábado.
- Por que observamos o domingo em lugar do sábado?
- Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica transferiu a solenidade do sábado para domingo.
- Por que a Igreja Católica substituiu o sábado pelo domingo?
- A Igreja substituiu o sábado pelo domingo, porque Cristo ressuscitou dos mortos em um domingo, e o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos em um domingo.
- Com que autoridade a Igreja substituiu o sábado pelo domingo?
- A Igreja substituiu o sábado pelo domingo pela plenitude daquele poder divino, que Jesus Cristo conferiu a ela.
 
Semelhantemente, a obra "Doctrinal Catechism"2 expõe:
 
- A Igreja tem o direito de estabelecer dias de festa?
- A Igreja Cristã tem certamente o direito, o mesmo que a Igreja Judaica possuía.
- Onde você encontra, no Antigo Testamento, festa normativa instituída pela sinagoga?
- No livro de Ester, cap. 9, e no último capítulo do livro de Judite.
- Você tem outra maneira de provar que a Igreja [Católica] tem o poder de instituir festas normativas?
- Não tivesse ela tal poder, não teria feito aquilo que todas as modernas religiões concordam com ela; não teria substituído a observância do sábado, o sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana; uma mudança para a qual não há autoridade escriturística.
 
Em seu verbete, "Mandamentos de Deus", a "Catholic Encyclopedia" comunica de forma concisa como o domingo passou a ser considerado santo entre os cristãos:
 
"[...] Escrito pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra, este código divino foi recebido do Todo-Poderoso por Moisés entre os trovões no monte Sinai, e através dele se fez o fundamento da lei Mosaica. Cristo resumiu estes mandamentos no duplo preceito da caridade - amor a Deus e ao próximo; Ele os proclamou como obrigatórios segundo a Nova Lei em Mat. 19 e o sermão do Monte (Mat. 5). [...] A Igreja [Católica], por outro lado, depois de mudar o dia de descanso do sábado judaico, ou sétimo dia da semana, para o primeiro, criou o terceiro mandamento referente ao domingo, um dia a ser mantido santo, como o dia do Senhor."3
 
E a literatura "Sacrorum Conciliorum" traz o seguinte pronunciamento do arcebispo Gaspare de Fosso durante o concílio de Trento:
 
"[...] o dia de sábado, o mais celebrado na lei, mudou para o 'dia do Senhor'[b]. [...] Esta e outras questões similares não cessaram pela pregação de Cristo (Ele afirmou que veio cumprir a lei, não destruir), mas foram alteradas pela autoridade da Igreja [Católica]."4
 
Ainda sobre o tema em questão, o "Commentary on the Psalms" (escrito pelo patrístico Eusébio de Cesarea), e a "Summa Theologica" (escrita pelo frade dominicano Tomás de Aquino), declaram respectivamente que:
 
"[...] todas as coisas, qualquer que seja, que foram estabelecidas para serem realizadas no sábado, nós as transferimos para o dia do Senhor[c] [domingo], como sendo o mais digno e apropriado, e também o mais importante, inspirador e precioso que o sábado judaico."5
 
"Na nova lei, a observância do dia do Senhor[d] tomou o lugar da observância do sábado não em virtude de preceito [bíblico], mas pela instituição da Igreja e pelo costume do povo cristão."6
 
E, o primeiro volume da "Ecclesiastical Review", revista publicada pela "American Ecclesiastical Review" e destinada ao clero católico, apresenta os seguintes esclarecimentos sobre a observância sabática e dominical:
 
"A observância do domingo, deste modo, vem a ser uma lei eclesiástica inteiramente distinta da lei divina da observância do sábado. As prescrições de Gên. 2:2-3 em relação ao sábado nada tem haver, absolutamente, com a lei da Igreja sobre o domingo, o dia do Senhor[e]. Os católicos devem observar a lei da Igreja, não pelos hábitos do Velho Testamento sobre o sábado, nem pelos ditames dos protestantes ou dos judeus, mas pelas prescrições da própria Igreja. O autor da lei do domingo é o único que tem o direito de interpretar essa lei; e esse autor é a Igreja Católica."7
 
Nos passos de Roma
 
Embora a Bíblia assevere a santidade do sábado e seus benefícios para a humanidade(f), e a História mostre as tentativas da Igreja Católica de suprimir à sua importância(g), ainda assim, milhões de cristãos protestantes optaram em menospreza-lo. E em várias ocasiões este comportamento foi censurado pelo catolicismo. Eis adiante algumas delas.
 
Martin Luther (Martinho Lutero) afirmava que as Sagradas Escrituras guiavam a sua vida, e não a tradição da Igreja Católica. John Eck, renomado defensor do catolicismo, confrontou o posicionamento de Lutero argumentando que a autoridade da Igreja Católica encontrava-se acima das Escrituras. E ele exemplificou apontando a observância do domingo que o próprio Lutero mantinha:
 
"As Escrituras ensinam: 'Lembra-te do dia de sábado para o santificar, seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus'. Contudo, a Igreja trocou o sábado pelo domingo com base em sua própria autoridade, e para isso você [Lutero] não tem Escritura."8
 
Henry Turberville,9 autor de "The Douay Catechism", além de ter reforçado a autoria da guarda dominical, ele destacou a incoerência dos protestantes que adotaram o domingo como dia santo:
 
- Como você prova que a Igreja [Católica] tem poder para ordenar festas e dias santos?
- Pelo mesmo ato de mudar o sábado para o domingo, o qual os protestantes aprovam; e, portanto, eles ingenuamente se contradizem guardando estritamente o domingo e, transgredindo muitas outras festas determinadas pela mesma Igreja.
 
Igualmente, o francês monsenhor Louis Gaston Ségur expôs a incoerência dos protestantes quanto à guarda do domingo. Ele afirmou:
 
"Vale lembrar que esta observância do descanso [dominical], na qual, apesar de tudo, consiste o único culto protestante, não somente não tem fundamento na Bíblia, mas essencialmente é flagrante contradição com à sua erudição, que ordena descansar no Sabbath, que é o sábado [sétimo dia]. Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este descanso para o domingo em memória da ressurreição de nosso Senhor. Deste modo, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que eles prestam, a despeito de si mesmos, à autoridade da Igreja."10
 
Karl Keating, escritor e fundador da organização "Catholic Answers", também destaca a atitude discordante do protestantismo:
 
"Por fim, os fundamentalistas reúnem-se para adoração no domingo, todavia, não existe evidência na Bíblia que a adoração coletiva era para ser realizada aos domingos. O descanso judaico, ou dia de repouso, era, naturalmente, no sábado. Foi a Igreja Católica que decidiu que o domingo deveria ser o dia de adoração para os cristãos, em honra da Ressurreição."11
 
O Rev. John Anthony O'Brien, professor de teologia (especialista em teologia moral e ética cristã), assim expôs a relação do protestante com a observância dominical:
 
"Entretanto, visto que o sábado, não o domingo, é especificado na Bíblia, não é estranho que os não-católicos que professam obter sua religião diretamente da Bíblia e não da Igreja, observem o domingo em lugar do sábado? Sim, com certeza, isso é inconsistente; de qualquer forma, essa mudança foi realizada cerca de quinze séculos antes do protestantismo nascer, e através desse tempo o costume foi observado universalmente. Eles [não-católicos] têm mantido o costume, ainda que repouse sobre a autoridade da Igreja Católica e não de acordo com um texto na Bíblia. Essa observância [dominical] permanece como uma lembrança da Igreja Mãe da qual as seitas não-católicas se apartaram - semelhante a um garoto fugindo de casa mas ainda carregando em seu bolso uma fotografia de sua mãe ou uma mecha de seu cabelo."12
 
As publicações "The Catholic Press" e "The Catholic Mirror" também enfatizam a origem da observância religiosa do domingo e a atitude contraditória dos protestantes que guardam esse dia. Elas declaram respectivamente que:
 
"[...] O domingo é uma instituição católica e a reivindicação à sua observância somente pode ser defendida nos princípios católicos. [...] Do início ao fim das Escrituras não há uma única passagem que autorize a transferência do culto público semanal do último dia da semana para o primeiro. Assim, a observância do domingo é um acréscimo incompatível à fé protestante, completamente fora de harmonia com o seu princípio fundamental [Sola Scriptura], e indica fortemente uma religião que infelizmente padeceu da demasiada pressa em surgir."13
 
"[...] A Igreja Católica, a mais de mil anos antes da existência de um protestante, em virtude de sua divina missão, mudou o dia de sábado para o domingo. [...] O descanso cristão neste dia é, por consequência, o reconhecido resultado da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma palavra divergente do mundo protestante."14
 
E assim como nos exemplos já transcritos, o "Catechism Simply Explained" ressalta a inconveniente situação na qual o protestantismo está envolvido por ter optado em guardar o domingo:
 
"Uma palavra sobre o domingo. Deus disse: 'Lembra-te de santificar o dia de Descanso'. O Descanso era o sábado, e não o domingo; por que, então, nós santificamos o domingo em vez do sábado? A Igreja alterou a observância do sábado pela observância do domingo em comemoração do nosso Senhor ter ressuscitado dos mortos no domingo de Páscoa, e do Espírito Santo ter descido sobre os apóstolos no domingo de Pentecostes. Os protestantes que dizem seguir a Bíblia e somente a Bíblia, e que não acreditam em qualquer coisa que não esteja na Bíblia, devem estar um tanto perplexos pela guarda do domingo quando Deus distintamente disse: 'santifique o dia de sábado'. A palavra domingo não surge em qualquer lugar da Bíblia, assim, sem saber, eles estão obedecendo a autoridade da Igreja Católica."15
 
Da mesma forma, o "Catechism Made Easy" aponta que o princípio, "a Bíblia e somente a Bíblia", não é respeitado pelos protestantes:
 
"Vocês devem ter observado, meus queridos filhos, que o dia na qual observamos o Descanso não é o mesmo daquele que foi observado pelos judeus. Eles mantiveram e ainda mantêm o Descanso no sábado, nós no domingo; eles no sétimo, nós no primeiro dia da semana. Por isso os judeus fecham suas lojas e comparecem em suas sinagogas no sábado, todavia o domingo é observado como o dia de repouso por todos os cristãos, mesmo por aquelas seitas[h] que estão separadas da Igreja Católica. [...] A partir disso podemos compreender quão grande é a autoridade da Igreja para interpretar ou explicar para nós os mandamentos de Deus - uma autoridade que é reconhecida pela prática universal de todo o mundo cristão, mesmo daquelas seitas que professam tomar as Sagradas Escrituras como sua única regra de fé, uma vez que elas observam como dia de repouso não o sétimo dia da semana ordenado pela Bíblia, mas o primeiro dia, o qual sabemos que é para ser mantido santo, somente pela tradição e ensino da Igreja Católica."15
 
E por fim, o periódico católico "The Clifton Tracts"17 censura e desafia os protestantes quanto a prática de observar o domingo:
 
"Vou apresentar uma pergunta extremamente simples e séria, sobre a qual clamo a todos os que professam seguir 'a Bíblia e somente a Bíblia' a darem a mais sincera atenção. Ei-la: Por que você não santifica o dia de Descanso?
 
[...] Você irá me responder, talvez, que santifica o dia de Descanso; visto que você se abstém de todos os trabalhos seculares, diligentemente vai à igreja expressar suas orações, e lê a sua Bíblia em casa, a cada domingo de sua vida.
 
Entretanto, domingo não é o dia de Descanso. Domingo é o primeiro dia da semana; o dia de Descanso era o sétimo dia da semana. O Deus Todo-Poderoso não entregou um mandamento na qual os homens deveriam santificar um dia em sete; mas Ele especificou Seu próprio dia, e disse distintamente: 'Tu santificarás o sétimo dia'; e Ele atribuiu uma razão para a escolha deste dia ao invés de qualquer outro - uma razão que pertence apenas ao sétimo dia da semana, e não pode ser aplicada aos demais. Ele disse: 'Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou'. O Deus Todo-Poderoso ordenou que todos os homens deveriam descansar de seus trabalhos no sétimo dia, porque Ele também descansou nesse dia. Ele não descansou no domingo, mas no sábado.
 
No domingo, que é o primeiro dia da semana, Ele começou a obra da criação, Ele não a finalizou; foi no sábado que Ele "concluiu a obra que realizara; e descansou no sétimo dia de toda a Sua obra que realizara; e Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra na qual Deus criara e fizera" (Gên. 2:2,3). Nada pode ser mais simples e fácil de entender do que tudo isso; e não há ninguém que busque negar; é reconhecido por todos que o dia que Deus Todo-Poderoso designou para ser santificado foi o sábado, não o domingo. Por que você então santifica o domingo, e não o sábado?
 
Você irá me dizer que o sábado era um descanso judaico, e que o descanso cristão foi mudado para o domingo. Mudado! Mas por quem? Quem tem autoridade para mudar um mandamento expresso do Deus Onipotente? Quando Deus disse: 'Tu santificarás o sétimo dia', quem ousaria dizer: 'Não, tu podes trabalhar e fazer qualquer tipo de atividade secular no sétimo dia'; no entanto, tu santificarás o primeiro dia em seu lugar? Esta é a pergunta mais importante, que eu não sei como você pode responder.
 
O mandamento para santificar o sétimo dia é um dos Dez Mandamentos; você acredita que os outros nove são ainda obrigatórios; quem lhe deu autoridade para mexer com o quarto? Se você é coerente com os seus próprios princípios, se você realmente segue a Bíblia e somente a Bíblia, você deve ser capaz de apresentar alguma parte do Novo Testamento na qual o quarto mandamento foi expressamente alterado, ou pelo menos a partir da qual você possa inferir com segurança que era a vontade de Deus que os cristãos deveriam fazer essa alteração em sua observância na qual você tem feito. [...]
 
A geração atual de protestantes santifica o domingo em lugar do sábado, porque recebeu isso como parte da religião cristã da geração passada, e aquela geração recebeu da geração anterior, e de modo inverso, de uma geração à outra, numa continua sucessão até chegarmos ao período da (então chamada) Reforma, quando aqueles que conduziram a mudança de religião em seus países, deixaram esta parte específica da fé e prática católica intocável. [...]
 
Tanto você [protestante] e nós [católicos], na verdade, seguimos a tradição nesta questão; mas nós a seguimos, acreditando que ela é uma parte da Palavra de Deus e que a Igreja [Católica] foi divinamente designada a sua guardiã e intérprete; você a segue, denunciando-a o tempo todo como uma guia falível e traidora, que frequentemente 'torna o mandamento de Deus sem efeito'."
 
Considerações finais
 
Diante desse impasse, a pergunta primordial é: Para onde deve ser direcionada a obediência? À Bíblia ou à Igreja Católica? O historiador e arcebispo James Gibbons auxilia nesta questão ao dizer: "[...] você pode ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse, e não encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado, dia que nunca santificamos"18.

Vídeo relacionado: O Sétimo Dia - Programa 04
 
b, c, d, e. Acesse: O "dia do Senhor"
h. Referindo-se as igrejas protestantes.
 
1. GEIERMANN, P. (1995). The Convert's Catechism of Catholic Doctrine, Ringgold, US-GA: TEACH Services, Inc., p. 50; (Imprimi Potest: Francis J. Fagen, provincial. Nihil Obstat: M. J. Bresnahan, censor librorum. Imprimatur: Joannes J. Glennon, archiepiscopus).
2. KEENAN, S. (1876). A Doctrinal Catechism, 3ª ed., New York, US-NY: Catholic Publishing House, p. 173-174; (Imprimatur: John Cardinal McCloskey, archbishop of New York. Third american edition, revised and corrected, conformably to the decrees of the council of the Vatican).
3. "Commandments of God". (1913). The Catholic Encyclopedia: an international work of reference on the the constitution, doctrine, discipline, and history of the Catholic Church, vol. IV, special edition, New York, US-NY: The Encyclopedia Press, Inc., p. 153a; (Nihil Obstat: Remy Lafort, censor. Imprimatur: John Cardinal Farley, archbishop of New York).
4. MANSI, J. D. (1901). Sacrorum Conciliorum: nova et amplissima collectio, tomus XXXIII, Parisiis, FRA: Huberti Welter, pars IV, sec. LXXX (Oratio ad Sacrosanctum, per Gasparem a Fosso, archiepscopum Rheginum - Calabria, Italia), col. 530.
5. Eusebius Pamphili, Commentary on the Psalms, Psalms XCI. In: MIGNE, J. P. (1857). Patrologiæ: cursus completus, tomus XXIII, Le quartier du Petit-Montrouge, Parisiis, FRA: Jacques Paul Migne Editorem, Psalmus XCI (Psalmus Cantici, in Die Sabbati), col. 1171-1172. Too in: CAILLAU, A. B.; GUILLON, M. N. S. (1830). Collectio Selecta SS. Ecclesiæ Patrum, tomus vigesimus tertius, Parisiis, FR: Méquignon-Havard Editorem, Psalmus XCI, p. 364.
6. AQUINAS, T. (2007). Summa Theologica, vol. III (part II, second section), New York, NY-US: Cosimo, Inc., q. 122, art. 4 (Virtues and Vices), p. 1696.
7. Walter Mary Drum, "Ecclesiastical Library Table: sunday observance" (february, 1914). In: The Ecclesistical Review, vol. I, Philadelphia, US-PA: American Ecclesiastical Review, p. 239.
8. ECKIO, I. (1536). Enchiridion Locorvm: communium aduersus Lutherum & alíos hostes Ecclesiæ, capitùlum I (De Ecclesia et eivs avctoritate), sectio II (Diluuntur obiecta).
9. DOYLE, J. (1851). An Abridgment of the Christian Doctrine: with proofs of Scriptur on points controverted, Dublin, IE-L: James Duffy, chap. VIII (Of the Commandments in General), p. 56; (originally composed in "The Douay Catechism of 1649" by Rev. Henry Turberville, of the English College at Douay - Nord, France. After revised by the Right Rev. James Warren Doyle).
10. SEGUR, L. G. (1868). Plain Talk about the Protestantism of To-Day, Boston, US-MA: Patrick Donahoe, p. 225; (Imprimatur: Joannes Josephus, episcopus of Boston).
11. KEATING, K. (1988). Catholicism and Fundamentalism: the attack on "Romanism" by "Bible Christians", San Francisco, US-CA: Ignatius Press, p. 38; (Nihil Obstat: Rev. Msgr. Joseph Pollard, censor librorum. Imprimatur: Most Rev. Roger Mahony, archbishop of Los Angeles).
12. O'Brien, J. A. (1974). The Faith of Millions: the credentials of the Catholic religion, revised edition, Huntington, US-IN: Our Sunday Visitor Inc., p. 400-401; (Nihil Obstat: Rev. Lawrence Gollner. Imprimatur: Leo A. Pursley, bishop of Fort Wayne-South Bend, US-IN).
13. M. Long, "Rampant Sabbatarianism". In: The Catholic Press, Sydney, AU-NSW: General Offices, v. IV, n. 251, p. 22, aug. 1900.
14. The Christian Sabbath, 5th ed., Baltimore, US-MD: Catholic Mirror, p. 29, 31; (consisting of four editorials on the above subject published in the issues of "The Catholic Mirror" of September 2nd, 9th, 16th and 23th of 1893).
15. CAFFERATA, H. C. (1932). The Catechism Simply Explained, new revised and enlarged edition, London, GB-ENG: Burns Oates & Washbourne Ltd, Q.193, p. 89; (Nihil Obstat: Eduardus J. Mahoney, censor deputatus. Imprimatur: Josephus Butt, vicarius generalis).
16. GIBSON, H. (1874). Catechism Made Easy: a familiar explanation of the catechism of christian doctrine, vol. II, Liverpool, GB-ENG: Rockliff Brothers, p. 105-106; (Imprimatur: Bernardus, episcopus Liverpolitanus).
17. "Why Don't You Keep Holy the Sabbath Day?" In: The Clifton Tracts: by the brotherhood of st. vincent of Paul, New York, US-NY: Edward Dunigan & Brother, vol. IV, art. IV, p. 3-15, 1856; (published under the sanction of the bishop of Clifton, cardinal Wiseman. And republished with the approbation of the Most Rev. John Hughes, archbishop of New York).
18. GIBBONS, J. (1880). The Faith of Our Fathers: being a plain exposition and vindication of the church founded by our Lord Jesus Christ, 16ª ed., Baltimore, US-MD: John Murphy & Co., chap. VIII (The Church and the Bible), p. 111; (James Gibbons was archbishop of Baltimore).

Diretrizes sobre a Observância do Sábado

Propósito e Perspectiva

O principal objetivo deste documento sobre a observância do sábado é oferecer conselhos ou diretrizes aos membros da Igreja que desejam uma experiência mais rica e significativa de observância do sábado.  Espera-se que se produza um estímulo para uma genuína reforma quanto à guarda do sábado em âmbito mundial.

Conhecendo-se o fato de que a comunidade mundial de adoradores encontra numerosos problemas quanto à observância do sábado, originários de determinados contextos culturais e ideológicos, tentou-se tomar essas dificuldades em consideração.  Não pretende este documento abranger todas as questões relativas à guarda do sábado, mas apresentar princípios bíblicos e diretrizes do Espírito de Profecia que ajudem os membros da Igreja em seu esforço por seguir a orientação do Senhor.

Espera-se que os conselhos dados neste documento sejam úteis.  Em última análise, entretanto, as decisões feitas sob circunstâncias críticas devem ser motivadas pela fé e confiança pessoal no Senhor Jesus Cristo.

Sábado – Salvaguarda de Nosso Relacionamento com Deus

O sábado engloba toda nossa relação com Deus.  É uma indicação dos atos de Deus em nosso favor no passado, presente e futuro.  O sábado protege a amizade do homem com Deus e proporciona o tempo essencial para o desenvolvimento dessa relação.  O sábado esclarece a relação entre Deus e a família humana, pois aponta a Deus como criador numa época em que os seres humanos gostariam de usurpar a posição de Deus no universo.

Nesta era de materialismo, o sábado conduz homens e mulheres àquilo que é espiritual e pessoal.  São sérias as consequências de esquecer o dia do sábado para o santificar.  Esse esquecimento produzirá uma distorção e final destruição do relacionamento de uma pessoa com Deus.

Quando é guardado o sábado, ele torna-se testemunha do repouso que advém de confiar apenas em Deus como sustentador, como base de nossa salvação e como o fundamento de nossa esperança no futuro.  Como tal, o sábado é um deleite porque entramos no descanso de Deus e aceitamos o convite para comungar com Ele.

Quando Deus pede que nos lembremos do dia do sábado, Ele o faz porque deseja que nos lembremos dEle.

Princípios e Teologia da Observância do Sábado

1) Natureza e Propósito do Sábado.  A origem do sábado encontra-se na criação, quando Deus descansou de Sua obra no sétimo dia (Gên. 1-3).  O sábado tem importância como sinal perpétuo do concerto eterno entre Deus e Seu povo, a fim de que soubessem quem os criou (Êx. 31:17) e os santifica (Êx. 31:13; Ezeq. 20:12), e para que O reconhecessem como o Senhor seu Deus (Ezeq. 20:20).

2) O Caráter Singular do Sábado.  O sábado é uma ocasião especial para a adoração de Deus como Criador e Redentor, e como o Senhor da vida, com quem toda a família humana se reunirá por ocasião do segundo advento.  O mandamento do sábado forma o centro da lei moral, como o selo da autoridade de Deus.  Sendo que constitui um símbolo do relacionamento de amor de Deus com seus filhos terrestres, os seres humanos são obrigados a respeitar este dom no sentido de que farão o possível para promover e envolver-se em atividades que ajudem a estabelecer e reforçar um relacionamento duradouro com Deus.  Assim Seu povo se envolverá apenas em atividades voltadas para Deus e seus semelhantes, e não naquelas que se inclinam para a gratificação do próprio eu e dos próprios interesses.

3)  A Universalidade do Sábado.  A universalidade tem sua raiz na criação.  Dessa maneira seus privilégios e obrigações são vigentes para todas as nações, classes ou setores. (Êx. 20:11; 23:12; Deut. 5:13; Isa. 56:1-8).  A observância do sábado diz respeito a todos os membros da casa, incluindo as crianças, e estende-se até mesmo “ao estrangeiro que está dentro das tuas portas” (Êx. 20:10).

4) Os Limites do Tempo do Sábado.  Dados bíblicos: o sábado começa no final do sexto dia da semana e dura um dia, de anoitecer a anoitecer (Gên. 1; Mar. 1:32).  Esse tempo coincide com o tempo do ocaso do sol.  Nos lugares onde for difícil determinar exatamente a hora do pôr-do-sol, o guardador do sábado começará o sábado no final do dia, marcado pela diminuição da luz.

5) Princípios que Orientam a Observância do Sábado.  Embora a Bíblia não trate diretamente de muitas questões específicas que possamos ter atualmente quanto à observância do sábado, ela nos apresenta princípios gerais aplicáveis hoje (ver Êx. 16:29; 20:8-11; 34:21; Isa. 58:13; Nee. 13:15-22).

“A lei proíbe trabalho secular no dia de repouso do Senhor; o labor que constitui o ganha-pão, deve cessar; nenhum trabalho que vise prazer ou proveito mundano é lícito nesse dia; mas como Deus cessou Seu labor de criar e repousou no sábado, e o abençoou, assim o homem deve deixar as ocupações da vida diária, e devotar essas sagradas horas a um saudável repouso, ao culto e a boas obras.” (O Desejado de Todas a Nações, p. 186).

Esse conceito, entretanto, não apóia a inatividade total. O Antigo e o Novo testamentos nos convidam a cuidar das necessidades e aliviar o sofrimento dos outros, pois o sábado é um bom dia para todos, particularmente para os humildes e oprimidos (Êxodo 23:12; Mat. 12:10-13; Mar. 2:27; Luc. 13:11-17; João 9:1-21).

Contudo, nem mesmo as boas obras devem obscurecer a principal característica da observância do sábado, a saber, o repouso (Gên. 2:1-3).  Isso inclui tanto o repouso físico (Êxodo 23:12) como o espiritual em Deus (Mat. 11:28).  O último leva o observador do sábado a procurar a presença de Deus e à comunhão com Ele no culto (Isa. 48:13), tanto na meditação silenciosa (Mat. 12:1-8) como na adoração pública (Jer. 23:32; II Reis 4;23; 11:4-12; I Crônicas 23:30; Isa. 56:1-8).  Seu objetivo é reconhecer a Deus como Criador e Redentor (Gên. 2:1-3; Deut. 5:12-15), e é compartilhado pela família isoladamente e pela comunidade maior (Isa. 56:1-8).

6)  O Sábado e a Autoridade da Palavra de Deus.  Ellen White assinala que o mandamento do sábado é único, pois contém o selo da Lei de Deus.  Unicamente ele “apresenta não só o nome mas o título do Legislador.  Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra e mostra, assim, o Seu direito à reverência e culto, acima de todos.  Afora esse preceito, nada há no decálogo para mostrar por que autoridade a lei é dada” (O Grande Conflito, pp. 451-452).

O sábado, com sinal do Criador, aponta para Sua autoridade e direito de propriedade.  Uma significativa observância do sábado, portanto, indica a aceitação de Deus como Criador e Possuidor, e reconhece Sua autoridade sobre toda a criação, inclusive o próprio ser.  A observância do sábado baseia-se sobre a autoridade da Palavra de Deus.  Não há para ela outra razão lógica.

Os seres humanos têm a liberdade de entrar em relacionamento com o Criador do universo como um amigo pessoal.

Os guardadores do sábado podem ter de enfrentar resistências por vezes devido ao seu compromisso com Deus no sentido de santificar o sábado.  Para aqueles que não reconhecem a Deus como seu Criador, parece arbitrário ou inexplicável que alguém deixe seu trabalho no dia de sábado meramente por  motivos religiosos.  A observância significativa do sábado testifica do fato de que escolhemos obedecer ao mandamento de Deus.  Assim reconhecemos que nossa vida é agora vivida em obediência à Palavra de Deus.  O sábado constituirá uma prova especial no tempo do fim.  O crente terá de fazer uma escolha entre submeter-se à Palavra de Deus ou à autoridade humana (Apoc. 14:7,12).

A Vida no Lar e na Família e sua Relação com o Sábado

1) Introdução.  A vida doméstica é a pedra angular da apropriada observância do sábado.  Somente quando as pessoas observam o sábado conscienciosamente no lar e assumem suas correspondentes responsabilidades como membros da família, a Igreja como um todo revelará ao mundo as alegrias e privilégios do santo dia de Deus.

2) Diferentes Tipos de Lares.  No século XXI há vários tipos de lares; por exemplo, o lar onde há marido, esposa e filhos; o lar onde há marido e esposa sem filhos; o lar onde há apenas um pai (ou mãe) com filhos (onde, devido ao falecimento ou ao divórcio, o pai ou a mãe precisam atuar como pai e mãe ao mesmo tempo); o lar em que uma pessoa tenha se casado ou em que a morte ou o divórcio tenha deixado alguém sozinho, sem filhos; ou o lar em que apenas o pai ou a mãe seja membro da Igreja.  Ao levar em conta as necessidades e os problemas dessas categorias, deve-se entender que alguns dos princípios e sugestões enunciados se aplicarão a todos os grupos, e alguns serão mais especializados.

3) Duas Instituições Sagradas – O Lar e o Sábado.  “No princípio” Deus colocou um homem e uma mulher no Jardim do Éden, seu lar.  Também “no princípio” Deus deu o sábado aos seres humanos.  Essas duas instituições, o lar e o sábado, andam juntas.  Ambas são dons de Deus.  Portanto, ambas são sagradas, sendo que a última fortalece e enriquece de maneira única os laços da primeira.

O companheirismo íntimo é um elemento importante do lar. O companheirismo íntimo com outros seres humanos é um elemento importante do sábado. Ele aproxima as famílias a Deus e os indivíduos uns aos outros.  Vista a partir dessa perspectiva, a importância do sábado para o lar não pode ser subestimada.

4) Responsabilidades dos Adultos como Mestres.  Ao escolher Abraão como pai do povo escolhido, Deus disse: “Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele.” (Gên. 18:19).  Parece claro, então, que foi dada aos adultos uma enorme responsabilidade no lar com vistas ao bem-estar espiritual dos filhos.  Tanto por preceito como por exemplo, devem eles proporcionar o tipo de estrutura e atmosfera que torne o sábado um deleite e uma parte tão vital da vida cristã que, mesmo muito tempo depois de deixar o lar, os filhos continuem os costumes que lhes foram ensinados na infância.

Em harmonia com a injunção “tu as inculcarás (as palavras e mandamentos de Deus) a teus filhos” (conforme Deut. 6:4-9), os membros adultos da família devem ensinar os filhos amarem a Deus e guardarem seus mandamentos.  Devem ensiná-los a ser leais a Deus e a seguir sua direção.

Desde a mais tenra infância, as crianças devem ser ensinadas a participar do culto familiar, a fim de que o culto na casa de Deus se torne uma extensão do costume da família.  Também desde a infância, as crianças devem ser ensinadas sobre a importância da assistência à igreja, aprendendo que a verdadeira observância do sábado envolve ir à casa de Deus para o culto e o estudo da Bíblia.  Os adultos da família devem dar o exemplo, assistindo aos cultos de sábado, formando um padrão que será visto como importante quando os filhos tomarem decisão sobre aquilo que tem valor na vida.  Através de discussões, enquanto as crianças crescem e se tornam mais maduras, e através do estudo da Bíblia, deve-se-lhes ensinar o significado do sábado, sua relação com o viver cristão e sua natureza permanente.

5) Preparação para o Sábado.  Se o sábado deve ser observado devidamente, a semana inteira deve ser programada de tal maneira que todos os membros estejam prontos para receber o santo dia quando ele chegar.  Isso significa que os membros adultos da família farão planos para que as tarefas domésticas – a compra e o preparo de alimentos, o preparo das roupas e todas as outras necessidades da vida diária – sejam completadas antes do pôr-do-sol de sexta-feira.  O dia de repouso deve tornar-se o eixo em torno do qual gira a roda da semana inteira.  Quando se aproximar o pôr-do-sol e o anoitecer de sexta-feira, adultos e crianças poderão saudar o sábado com tranquilidade de consciência, tendo concluído todos os preparativos e com a casa pronta para passar as seguintes 24 horas com Deus e uns com os outros.  As crianças podem ajudar nesse sentido, assumindo responsabilidades de preparo para o sábado de acordo com seu grau de maturidade.  A maneira como a família se aproxima do início do sábado, ao pôr-do-sol de sexta-feira, e a maneira como é passada a noite de sexta-feira, constituirão o cenário para o recebimento das bênçãos que o Senhor tem em reserva para todo o dia que se segue.

6) Vestuário Apropriado para o Sábado. Onde há crianças no lar, ao vestir-se a família no sábado de manhã para ir à igreja, os adultos podem por preceito e exemplo ensinar os filhos que uma forma de honrar a Deus é ir à Sua casa com roupas limpas, que representem apropriadamente a cultura em que vivem.

7) A Importância da Hora do Estudo da Bíblia.  Nos lugares onde as crianças não têm a vantagem de frequentar escolas adventistas, a Escola Sabatina torna-se o mais importante meio de instrução religiosa fora do lar.  Não se pode subestimar o valor desta hora de estudo da Bíblia.  Os pais, portanto, devem assistir aos cultos do sábado de manhã e fazer todo o possível para levar os filhos consigo.

8) Atividades da Família no Sábado.  Na maioria das culturas, a reunião de sábado ao meio dia, quando a família se reúne em torno da mesa para o almoço no lar, é um ponto alto da semana.  O espírito de sagrada alegria e companheirismo, iniciado na hora de levantar e continuado durante a programação da manhã na igreja, intensifica-se.  Sem as distrações de uma atmosfera secular, a família pode conversar sobre temas de interesse mútuo e manter a disposição espiritual do dia.      

Quando é compreendida a natureza sagrada do sábado e existe um relacionamento de amor entre pais e filhos, todos procurarão evitar a intromissão, nas horas sagradas, de música secular, rádio, jornais, livros, revistas e programa de televisão e vídeo.

As tardes de sábado, tanto quanto possível, serão empregadas em atividades de família – explorar a natureza, fazer visitas missionárias a doentes ou pessoas de resguardo ou a outras que necessitem de encorajamento, e assistir às reuniões da igreja.  À medida que as crianças crescem, as atividades se ampliarão para atingir outros membros de sua faixa etária na igreja, sempre com a pergunta em mente: “Esta atividade me leva a compreender melhor a verdadeira e sagrada natureza do sábado?”  Assim, a devida observância do sábado no lar exercerá uma influência duradoura para o tempo e a eternidade.

A Observância do Sábado e as Atividades Recreativas

1) Introdução. A observância do sábado inclui o culto e a comunhão. O convite para desfrutar ambos é amplo e generoso. O culto sabático dirigido a Deus geralmente ocorre numa comunidade de crentes.  A mesma comunidade provê comunhão. Tanto o culto como a comunhão oferecem um potencial ilimitado de louvor a Deus que enriquecem a vida dos cristãos.  Quando o culto sabático ou a comunhão são distorcidos ou abusados, o louvor a Deus e o enriquecimento pessoal ficam ameaçados.  Como o dom de Si mesmo que Deus nos faz, o sábado traz genuíno gozo no Senhor.  É uma oportunidade para que os crentes reconheçam e atinjam o potencial que receberam de Deus.  Assim, para o crente, o sábado é um deleite.

2) Fatores Alheios à Observância. O sábado pode ser facilmente invadido por elementos alheios ao seu espírito.  Na experiência do culto e da comunhão, o crente deve estar sempre alerta em relação a fatores que prejudiquem a sua percepção da natureza sagrada do sábado.  O senso da santidade do sábado é ameaçado particularmente por tipos errados de comunhão e atividades.  Por contraste, a santidade do sábado é exaltada quando o Criador permanece como centro desse dia santo.

3) Fenômenos Culturalmente Condicionados na Observância do Sábado. É importante compreender que os cristãos prestam obediência a Deus e, dessa maneira, observam o sábado no lugar histórico e cultural onde vivem.  É possível que tanto a história quanto a cultura nos condicionem de maneira falsa e produzam a distorção de nossos valores.  Ao apelar para a cultura podemos ser culpados de dar-nos a desculpa ou licença de condescender com esportes e atividades recreativas incompatíveis com a santidade do sábado.  Por exemplo, o exercício físico intenso e várias formas de turismo não se harmonizam  com a verdadeira observância do sábado.

Qualquer tentativa de regulamentar a observância do sábado além dos princípios bíblicos, preparando listas de proibições para o dia do sábado, serão contraprodutivas para uma experiência espiritual sólida.  O cristão submeterá a sua experiência sabática ao teste do princípio.  Ele sabe que o principal objetivo do sábado é fortalecer o elo de união entre si mesmo e Deus.  Dessa forma, são aceitáveis as atividades guiadas por princípios bíblicos e as que contribuem para esse fortalecimento.

Visto que ninguém pode avaliar corretamente os motivos pessoais dos outros, o cristão deve ser muito cuidadoso para não criticar seus irmãos que vivem em contextos culturais diferentes de seu próprio.

Em viagem, os turistas adventistas devem fazer todo esforço no sentido de observar o sábado juntamente com seus irmãos daquela região.  Por respeito à santidade do sétimo dia, recomenda-se que os adventistas evitem usá-lo como dia livre para passeios turísticos e atividades seculares.

Igrejas e Instituições da Igreja

Ao estabelecer diretrizes e praxes específicas para a Igreja como um todo e para as instituições da Igreja, a organização está apresentando um exemplo da guarda do sábado para os membros em geral.  É responsabilidade dos membros a aplicação dos princípios da verdadeira observância do sábado à sua própria vida.  A Igreja pode ajudar, apresentando princípios sobre a guarda do sábado encontrados na Bíblia e no Espírito de Profecia, mas não pode ser consciência para os membros.

1) Igrejas – O Papel da Igreja  e da Família nas Atividades de Sábado à Tarde.  O pastor e os líderes da igreja local têm a responsabilidade de oferecer atividades sabáticas cuidadosamente planejadas para crianças, jovens, adultos e idosos, bem como para famílias e pessoas que vivem sozinhas, enfatizando a importância de tornar o sábado um dia de alegria, adoração e repouso.  As atividades da igreja devem complementar e não substituir as atividades da família e do lar.

2) Igrejas – Música de Sábado.  A música produz um impacto poderoso sobre a disposição de espírito e as emoções da pessoa.  Os líderes da igreja selecionarão a música e os músicos que realçarão a atmosfera reverente do repouso sabático e o relacionamento do adorador com Deus.  Os ensaios do coral no sábado devem ser evitados durante os horários de reuniões sabáticas regularmente programadas.

3) Igrejas – Penetração na Comunidade.  Embora os cristãos possam participar de certos tipos de obra social em favor dos estudantes, jovens e pobres nos subúrbios e favelas, devem tomar o cuidado de exercer uma influência exemplar de guarda coerente do sábado.  Quando envolvidos num curso de extensão ou especial para crianças e jovens, devem escolher assuntos e aulas que sejam diferentes das matérias seculares normais ou aulas da semana, e incluir atividades que contribuam para a cultura espiritual.  Passeios pela vizinhança ou junto à natureza podem substituir os recreios; caminhadas ou excursões junto à natureza que exijam apenas esforço mínimo podem substituir matérias ou aulas seculares.

4) Igreja – Recolta.  O procedimento geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia é realizar a recolta em dia que não seja o sábado.  Nos lugares onde for costume recoltar no sábado, a atividade deve ser executada de modo a trazer benefícios espirituais a todos os participantes.

5) Igreja – Arrecadação de Fundos no Sábado.  A doutrina da mordomia cristã encontra-se em todas as Escrituras.  O ato de dar tem lugar definido nos cultos de adoração.  Quando se fazem apelos para ofertas, devem ser feitos de tal maneira que preservem a santidade do culto e do sábado.

6) Igrejas – Casamentos aos Sábados.  A cerimônia matrimonial é sagrada e, em si mesma, não estaria em desacordo com a guarda do sábado.  Contudo, a maioria dos casamentos envolve um considerável trabalho e quase inevitavelmente se cria uma atmosfera secular durante os preparativos e a recepção.  A fim de que não se perca o espírito do sábado, deve-se desaconselhar a realização de casamentos aos sábados.

7) Igrejas – Funerais aos Sábados.  Em geral, os adventistas devem tentar evitar os funerais aos sábados.  Em alguns climas e sob certas condições, entretanto, pode ser necessário realizar os funerais sem demora, apesar do dia de sábado.  Nesses casos, devem ser feitos arranjos antecipados com agentes funerários e funcionários do cemitério, para que realizem suas tarefas de rotina antes do dia de sábado, reduzindo assim o trabalho.  Em alguns casos a cerimônia fúnebre pode ser realizada, deixando-se o sepultamento propriamente dito para mais tarde.

8) Instituições Médicas Adventistas.  As instituições médicas adventistas constituem o único contato que muitas pessoas têm com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os hospitais adventistas devem ser mais do que meramente sistemas de atendimento médico.  Têm eles a oportunidade única de dar um testemunho cristão 24 horas por dia junto às comunidades que servem.  Além disso, têm o privilégio de apresentar a mensagem do sábado pelo exemplo, cada semana.  Na cura dos enfermos e na libertação dos portadores de debilidades  físicas, mesmo no sábado, Cristo deixou um exemplo que consideramos a base para o estabelecimento e funcionamento das instituições médicas adventistas.  Portanto, uma instituição que ofereça atendimento médico ao público deve estar preparada para ministrar às necessidades dos enfermos e sofredores independentemente de horas ou dias.

Esse fato coloca uma grande responsabilidade sobre as instituições, no sentido de elaborarem e executarem regulamentos que reflitam o exemplo de Cristo e apliquem os princípios da observância do sábado encontrados nas escrituras e ensinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.  Os administradores têm a responsabilidade especial de cuidar para que todos os departamentos mantenham o verdadeiro espírito da guarda do sábado, instituindo procedimentos apropriados e evitando a frouxidão na observância do sétimo dia.

Recomenda-se as seguintes aplicações dos princípios de observância do sábado:

a.   Oferecer atendimento médico de emergência sempre que necessário, com boa disposição, ânimo e alto nível de profissionalismo.  Entretanto, nem as instituições nem os médicos e dentistas adventistas devem oferecer os mesmos serviços de clínica ou consultório que oferecem nos outros dias da semana.

b.   Suspender todas as atividades rotineiras que podem ser adiadas.  Geralmente isso significa fechar completamente os departamentos e instalações que não tenham relação direta com o atendimento aos pacientes e manter um número mínimo de pessoas qualificadas em outros departamentos para tratar das emergências.

c.    Adiar serviços eletivos de diagnósticos e terapia.  O médico de plantão deve decidir o que é necessário ou casos de emergência.  Se ele abusar desse direito, os casos devem ser tratados pela administração do hospital.  Os funcionários da instituição que não trabalham na administração não devem envolver-se nas decisões, nem ser obrigados a enfrentar o(s) médico(s) de plantão.  Podem-se evitar mal-entendidos deixando claro em estatutos para a equipe médica que somente serão realizados procedimentos cirúrgicos, terapêuticos ou de diagnóstico que não possam ser adiados devido à condição do paciente.  Um entendimento claro com todos os que são designados para a equipe, no momento da admissão, fará muito para evitar mal-entendidos e abusos.

Cirurgias simples e opcionais devem ser desencorajadas ou limitadas às sextas-feiras.  Procedimentos assim planejados permitem ao paciente ficar no hospital durante o final de semana e assim perder menos dias de trabalho.  Entretanto, isso coloca o primeiro dia pós-operatório, normalmente o que necessita cuidado hospitalar mais intenso, no sábado.

d.   Fechar os escritórios administrativos para atendimento de rotina.  Embora possa ser necessário admitir ou dar alta a pacientes no sábado, recomenda-se que seja evitada a apresentação de contas e o recebimento de dinheiro.  Jamais deve a guarda do sábado ser motivo de irritação para aqueles que procuram servir e salvar, mas sim constituir o sinete dos “filhos da luz” (Efé. 5:8; Atos dos Apóstolos, p. 260).

e.    Fazer do sábado um dia deleitoso para os pacientes, provendo uma lembrança do testemunho cristão que jamais será esquecida.  A guarda significativa do sábado será conseguida muito mais facilmente em uma instituição que empregue uma equipe predominantemente adventista.  A apresentação do sábado sob um prisma favorável pode ser conseguida pelos obreiros encarregados do atendimento aos pacientes e pode constituir uma influência convincente na vida dos que não pertencem à nossa fé.

f.    O atendimento aos enfermos é uma atividade dos sete dias da semana.  A doença não conhece calendário.  Entretanto, ao escalar os funcionários, as instituições médicas devem tomar em consideração as crenças, observâncias e práticas sinceras dos empregados ou futuros empregados.  A instituição deve dar margem razoável a essas crenças religiosas, a menos que se demonstre que essa acomodação dificultará o funcionamento da instituição.  Também se reconhece que a consciência das pessoas varia em relação com a conveniência do trabalho aos sábados.  Nem a Igreja nem suas instituições podem atuar como consciência para seus empregados.  Em vez disso, deve-se dar margem razoável para a consciência individual.

g.   Resistência às pressões para afrouxar as normas adventistas.  Algumas instituições têm sido pressionadas por comunidades, equipes médicas e/ou empregados (quando a maioria se compõe de não-adventistas) no sentido de  abandonar ou enfraquecer os princípios quanto à guarda do sábado e suas práticas, de modo que o sábado seja tratado como qualquer outro dia.  Em alguns casos, tem-se feito pressão para manter os serviços no sábado, reduzindo-os então no domingo.  Essa atitude deve ser vigorosamente combatida.  A aquiescência levaria a um sério reexame do relacionamento dessa instituição com a Igreja.

h.    Instruir os empregados que não são adventistas quanto aos princípios de guarda do sábado praticados pela instituição.  Todos os não-adventistas, no momento da admissão em uma instituição médica adventista, devem tomar conhecimento dos princípios adventistas do sétimo dia, especialmente praxes institucionais relativas à observância do sábado.  Embora os não-adventistas possam não crer como nós, eles devem saber desde o início como se espera que se encaixem no programa da instituição para ajudá-la a atingir seus objetivos.

i.     Estimular uma atitude de contínuo testemunho cristão entre os empregados adventistas.  O único contato que muitos funcionários não-adventistas poderão ter com os adventistas do sétimo dia, será na instituição que os emprega.  Todos os relacionamentos devem ser cordiais, bondosos e representativos do amor exemplificado na vida e obra do Grande Médico.  A compaixão para com os enfermos, a abnegada consideração para com os semelhantes, a solícita disposição para servir e uma irrestrita lealdade para com Deus e a Igreja podem bem constituir um cheiro de vida para a vida.  A guarda do sábado é privilégio e honra, bem como dever.  Jamais deve tornar-se pesada ou tediosa para os que a observam ou para os que nos rodeiam.

9) O Trabalho aos Sábados em Hospitais Não-Adventistas.  Embora seja essencial nas instituições médicas que se realize constantemente um mínimo de trabalho para manter o bem-estar e conforto dos pacientes, os empregados adventistas em instituições não-adventistas onde as horas do sábado não trazem diminuição dos deveres rotineiros, encontram-se sob a obrigação de recordar os princípios que regem as atividades sabáticas.  Para evitar situações em que os membros da Igreja enfrentem problemas com a guarda do sábado em instituições não-adventistas, recomenda-se que:       

a. Quando os adventistas aceitam emprego num hospital não-adventista, tornem conhecidos seus princípios de guarda do sábado e solicitem um horário de trabalho que os isente dos deveres do dia de sábado.

b. Nos lugares onde os horários de trabalho ou outros fatores não permitam esse arranjo, os adventistas devem identificar claramente as tarefas, se houver alguma, que poderão realizar conscienciosamente no sábado, bem como sua frequência.

c. Nos casos em que não for possível acomodar-se aos arranjos acima, os membros devem tornar supremas as exigências de lealdade a Deus e abster-se de tarefas rotineiras.

10) Instituições Educacionais Adventistas.  As escolas adventistas de ensino médio com internato desempenham um papel importante na formação de hábitos de observância do sábado das futuras gerações de membros da Igreja, e os colégios e universidades adventistas fazem muito para moldar o pensamento do ministério e da classe profissional na Igreja.  É importante, portanto, que a teoria e a prática sobre como maximizar as deleitosas bênçãos do sábado se aproximem o máximo do ideal nessas instituições.

A aplicação desse princípio deve incluir:

a. Preparo adequado para o sábado.

b. Demarcação do início e final das horas sabáticas.

c. Atividades apropriadas para o lar e a escola: culto, grupos de oração, trabalho missionário, etc.

d.  Deveres necessários reduzidos ao mínimo.  De preferência, devem ser confiados a pessoas que os realizam como serviço voluntário e não as que recebem pagamento pelo mesmo trabalho durante a semana.

e.  Cultos inspiradores, de preferência seguindo com o modelo daquilo que se espera caracterizar os cultos nas igrejas das escolas.

f.   Atividades variadas e apropriadas para as tardes de sábado.

g.  Estruturação do programa semanal, de modo que o sábado represente uma alegria que permanece além do clímax da semana, em vez de ser um prelúdio para atividades contrastantes no sábado à noite.

1. Vendas no Refeitório.  Os refeitórios são destinados a servir os estudantes e os pais que os visitam, bem como os hóspedes autorizados; não devem ser abertos ao público aos sábados.  Para evitar transações desnecessárias durante as horas sagradas, a instituição deve tomar providências para que os pagamentos sejam feitos fora das horas do sábado.

2. Participação do Corpo Docente em Reuniões de Profissionais.  Em alguns países, os adventistas do sétimo dia têm o privilégio de assistir a encontros de profissionais a fim de manter-se a par do progresso em sua área de especialização.  Pode ser tentador justificar a assistência a essa reuniões no sábado.  Recomenda-se, entretanto, que o pessoal acadêmico participe do culto junto com os outros membros da Igreja em vez de unir-se aos colegas profissionais “a trabalho”.

3. Estações de Rádio.  As estações de rádio dos colégios podem ser uma bênção para a comunidade.  Para maximizar essas bênçãos, a programação durante as horas do sábado devem refletir a filosofia da Igreja.  Se durante os sábados forem feitos apelos quanto à arrecadação de fundos, eles devem ser feitos de tal maneira que exaltem a santidade do dia.

4. Viagens Promocionais. A fim de manter a natureza de reverência do dia de sábado, as viagens promocionais devem ser planejadas de forma que reduzam ao mínimo as viagens aos sábados, proporcionando o máximo de tempo para o culto com os irmãos.  As horas do sábado não devem ser usadas em viagem com o objetivo de que haja tempo livre para um programa no sábado à noite.

5. A Observância do Sábado na Educação para o Ministério.  Os pastores têm a grande responsabilidade de moldar a vida espiritual da Igreja por exemplo pessoal.  Portanto, as instituições que preparam os pastores e as esposas de pastores precisam ensinar seus alunos a formar uma nova filosofia de observância do sábado.  A devida orientação recebida na escola pode ser um instrumento na experiência de um genuíno reavivamento das alegrias do sábado em sua própria vida, bem como na vida de sua igreja.

6. Exames no Sábado.  Os adventistas do sétimo dia que enfrentam o caso de exames aos sábados em escolas não-adventistas ou que prestam exames para receber autorização por parte dos conselhos profissionais para o exercício da profissão, encontram problemas especiais.  Ao lidarem com essas situações, recomenda-se que façam arranjos com a administração para prestar os exames em horas que não sejam do sábado.  A Igreja deve incentivar os membros quanto à cuidadosa observância do sábado e, sempre que possível, interceder junto às autoridades competentes para que possibilitem a reverência para com o dia de Deus e o acesso aos exames.

Emprego e Comércio Secular Relacionado com o Sábado

1) Declaração de Princípio.  A visão bíblica do sábado inclui uma dimensão divina e humana (Mat. 12:7).  A partir da perspectiva divina, o sábado convida o crente a renovar seu compromisso com Deus, cessando o trabalho diário para adorar a Deus mais plena e livremente (Êxodo 20:8-11; 31:15-16; Isa. 58:13-14).  Na perspectiva humana, o sábado convoca o crente a comemorar o amor criador e redentor de Deus, revelando misericórdia e solicitude para com o próximo (Deut. 5:12-15; Mat. 12:12; Luc. 13:12; João 5:17).  O sábado, assim, abrange a cessação do trabalho secular com o propósito de amar a Deus e a realização de atos de amor e bondade para com os semelhantes.

2) Trabalho Essencial e de Emergência.  A fim de exaltar a santidade do sábado, os adventistas do sétimo dia devem fazer escolhas sábias na questão do emprego, guiados por uma consciência iluminada pelo Espírito Santo.  A experiência tem demonstrado que há riscos na escolha de vocações que não permitam a adoração do Criador no sábado, livre de envolvimento com o trabalho secular.  Isso significa que evitarão emprego que, embora essenciais para o funcionamento de uma sociedade tecnologicamente avançada, possam oferecer problemas quanto à observância do sábado.

As Escrituras e o Espírito de Profecia são explícitos quanto aos nossos deveres como cristãos para com os semelhantes, mesmo no dia de sábado.  No contexto moderno, muitos empregados em ocupações relacionadas com a salvação de vidas e propriedade são chamados a tratar de emergências.  Arranjar trabalho regular de fim de semana que requeira o uso das horas do sábado num emprego lucrativo de atendimento de emergência ou aceitar trabalho nos fins de semana em ocupações de emergência para aumentar a renda familiar, não se harmoniza com os princípios de observância do sábado apresentadas por Cristo.  Atender a situações de emergência que envolvam risco de vida e segurança é diferente de ganhar o sustento por envolver-se rotineiramente nessas ocupações durante o sábado, já que  frequentemente são acompanhadas por atividades comercias, seculares ou rotineiras.  (Ver os comentários de Cristo sobre o resgate de bois ou ovelhas caídos em valetas e sobre a ajuda de pessoa em necessidade.  Mat. 12:11; Luc. 13:16.)  Ausentar-se da casa de Deus e negar-se à comunhão com os outros membros nos sábados, pode exercer um efeito desanimador sobre a vida espiritual.

Muitos empregadores dessas assim chamadas áreas de serviços essenciais estão dispostos a fazer concessões aos guardadores do sábado.  Quando essas não forem feitas, os membros devem rever cuidadosamente os princípios bíblicos sobre a guarda do sábado e, sob essa luz, examinar o tipo de atividades, ambiente, exigências de trabalho e motivos pessoais antes de envolver-se no trabalho aos sábados.  Devem perguntar ao Senhor como o fez Paulo na estrada de Damasco: “Senhor, que queres que eu faça?” Quando prevalece essa atitude de fé, somos persuadidos de que o Senhor levará o crente a discernir Sua vontade e suprirá a força e sabedoria para segui-la.

3) Decisões Morais Relativas à Observância do Sábado.  Os privilégios sabáticos são algumas vezes negados ou restringidos por organizações militares, educacionais, políticas ou outras.  Para evitar e/ou reduzir essas  situações lamentáveis, devem-se considerar as seguintes sugestões:

Um administrador competente da Igreja, de preferência o diretor do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa, deve ser designado para manter-se informado quanto a circunstâncias que poderiam minar a liberdade de culto aos sábados.  Quando necessário, esse oficial procurará as autoridades responsáveis para interceder no caso da possibilidade de um pacto adverso sobre os adventistas do sétimo dia com consequência de alguma legislação ou medida em perspectiva.  Essa linha de ação pode evitar a promulgação de leis que restrinjam ou neguem os privilégios sabáticos.

Os membros adventistas devem ser encorajados a defender pela fé o princípio da guarda do sábado independentemente das circunstâncias, descansando na certeza de que Deus honrará a lealdade para com ele.

Os membros da Igreja devem oferecer ajuda espiritual, moral e, se necessário, material, para outros que estejam passando por problemas  por causa do sábado.  Esse apoio servirá para fortalecer a dedicação ao Senhor, não só da pessoa que está enfrentando os problemas relativos ao sábado, mas da Igreja como um todo.

4) Compra de Bens e Serviços no Sábado.

a.  O sábado foi designado para prover liberdades e gozo espiritual para todas as pessoas (Êxodo 20:8-11). Como cristãos, devemos apoiar esse direito humano básico que o Criador concedeu a todos.  Como regra geral, comprar produtos, comer em restaurantes e pagar por serviços a serem prestados por terceiros são coisas que devem ser evitadas por estarem em desarmonia com o princípio e a prática da guarda do sábado.

b.  Além disso, as atividades comerciais mencionadas acima desviarão a mente da santidade do sábado.  (Ver Nee. 10:31; 13:15.)  Com o devido planejamento, pode-se tomar com antecedência medidas apropriadas referentes às necessidades previsíveis do sábado.

5) Viagens aos Sábado.  Embora possa ser necessária uma viagem no sábado em conexão com as atividades sabáticas, não se deve permitir que as viagens aos sábados se tornem um evento secular; portanto, os preparativos devem ser feitos com antecedência:  o combustível do veículo e outros elementos necessários devem ser providenciados antes do início do sábado.  Devem ser evitadas viagens em transportes comerciais para atender assuntos particulares ou de trabalho.

6) Como Tratar um Problema Específico de Trabalho.  Quando um membro da Igreja acha necessário renunciar a um trabalho ou perde seu emprego por causa de problemas de guarda do sábado e é admitido pela denominação numa atividade semelhante,  e quando o novo trabalho, por sua natureza, requer que o membro trabalhe no sábado, recomendam-se as seguintes sugestões:

a.  Dar-se-á ao membro uma cuidadosa explanação sobre a natureza essencial do trabalho.

b.  A organização deve fazer todos os esforços no sentido de certificar-se de que somente os aspectos essenciais do novo trabalho sejam executados no sábado.  Os administradores também devem explicar ao novo empregado os propósitos religiosos e objetivos básicos da organização empregadora.

c. Adotar-se-á um programa de rodízio para que o membro que conscienciosamente aceita esse trabalho aos sábados possa com frequência participar de uma comemoração mais completa do dia de sábado.

7) Trabalho em Turno.  Quando um adventista do sétimo dia trabalha onde existe um sistema de turnos, o empregador poderá solicitar-lhe que trabalhe no sábado ou em parte do sábado.  Nessas circunstâncias, encoraja-se o membro envolvido a considerar o seguinte:

a.   O membro deve esforçar-se por ser o melhor funcionário que puder, um empregado de valor a quem o empregador não se dê ao luxo de perder.

b.   Se surge um problema, o membro deve procurar resolvê-lo através de um entendimento direto com o empregador, solicitando-lhe um arranjo baseado em boa vontade e justiça.

c.   O membro deve ajudar o empregador sugerindo-lhe arranjos como:

1.   Trabalhar com horário flexível;

2.   Aceitar um turno indesejável;

3.   Trocar de turno com outro empregado;

4.   Trabalhar nos feriados.

d.  Se o empregador resiste à ideia de um arranjo, o membro deve imediatamente procurar a ajuda do pastor e do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa nos países onde houver envolvimento nessas atividades.


A Comissão Executiva da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia na sessão da Conferência Geral em Indianápolis, Indiana, em 9 de julho de 1990, votou a aceitação do documento acima sobre a observância do sábado.