A ILUSÃO, A UTOPIA E A QUIMERA

 

 

Às vezes parece que a vida... É só ilusão.
Parece que os sonhos, nunca saem do coração.
E tanta emoção não leva a nada,
Não diz nada, não resulta em nada.
Parece vã a nossa caminhada
Passando nesta vida por cada etapa,
Sentindo o peso esmagador da rotina
Do estresse e depressão de cada dia.

Ás vezes parece que o sonho
Não leva a nada, não diz nada.
Só apresenta razões para mais mágoa.
Só resulta em dor, em lágrima.
Parece uma quimera, sem primavera,
Num dia de chuvas ou na terra deserta,
Em que a única certeza é de que continuamos vivos.
Mas numa vida sem brilho e num mundo sem riso.

Parece inexistente o paraíso,
Parece ser inútil o sorriso,
Parece que tanta utopia
Só traz agonia. Só traz dor.
Quando descobrimos o amargor
Da realidade em que vivemos.

Parece que as estrelas são distantes demais.
Para que contemplando-as, tenha eu paz.
Parece que o sol queima-me,
A terra fere-me, e o mundo insulta-me.
Parece que a noite é escura demais,
Para que, pela fé, encontre nela luz.
Parece que a lua já não tem força
Para continuar a me dar a sua luz.
Parece distante demais a graça
Parece que ninguém mais consegue viver como Jesus.
Todo homem fere, insulta, mata.
Os poucos bons, não dizem nada.
Não entram na batalha, com medo da arma ou da morte.
Não dizem o que sabem.
Não dizem o que querem.
Não compartilham com ninguém
A verdade sobre o além.
Não ouço nada. Sou surdo.
Não vejo nada. Sou cego.
Não falo nada. Sou mudo.
E surdo quem me ouve.
E cego quem me vê.
E muda a minha palavra, a minha escrita.
Não ouço nada. Não dizem nada.
Não digo nada. Não sou ninguém.
Sou apenas alguém
Que também quer ouvir alguém
Falar de novo. Algo de novo.
Palavras que produzam efeitos n’alma.
Atos que emocionam o coração.
Algo que me devolva a emoção.
A ilusão. A utopia e a quimera.

Nelson Malzoni
®


 



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