SÉCULO DE INJUSTIÇAS

 

 

Oh ódio por conhecer o mundo a fundo,

Oh vergonha de nele habitar!

Oh desesperança e desprazer diários,

Quanta injustiça, atos cruéis e ordinários!

 

Impactos, enchentes, inundações, tormentas, vendavais,

São tiros, são armas, são ceifas e explosões

Crimes, desonras, abusos, violências, dores,

São mortes, derrotas, abismos e dissabores.

 

Utopia é sonho de quem vive. É só sonho.

É só sonho que nunca vive nem existirá.

É ilusão, engano, equívoco.

A realidade é o que há.

São idosos desonrosos e que apesar dos anos

Não sabe quem são. Para que são.

Porque vieram e para onde vão.

Muito fácil mencionar sua morte, sua idade e por isso,

Cobrar de todos o respeito.

Mas é difícil quando os mesmos,

Nem se dão ao respeito.

É vergonhoso o ato desumano, machista e abusador.

É vergonhosa a ignorância de quem dispôs de décadas para se educar.

É triste como as aparências enganam

E de saber que a maioria não são mestres, nem santos,

E o pior, que muitos continuam covardes e embrutecidos,

Como quando o foram por toda a vida.

É vergonhoso neles encontrar atitudes

E graves erros como o que nem em jovens são avistados

E nem em crianças que aprenderem a ler e a se educar são vistos.

 

É, pois, motivo para a fúria da vingança humana e divina:

O abusador e seus abusos,

O corrupto e suas corrupções,

O rico e seu egoísmo diante da fome,

O covarde em sua covardia,

O inimigo e traidor da natureza,

O pobre, sua inveja, preguiça ou incredulidade,

O inútil assassino de vidas úteis,

O criador de animais que os fere e mata,

Os pais que à sua família maltrata

E os filhos que das boas lições, ao viver a vida, se esquecem...

 

Nelson Malzoni ®


 



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